Emissão especial com os convidados Mário Cláudio, João Teixeira Lopes e Fátima Outeirinh.o e os repórteres da Antena1. Edição de António Jorge e João Vasco.
A reportagem da TSF foi acompanhar os trabalhos de uma academia de direitos humanos em Samões, um projeto que é modelo misto de escola, investigação, partilha, aprendizagem. A iniciativa foi batizada "Uma Aldeia Que Sabe Envelhecer", empreitada de esforço e vontades reunidas pela Associação Transmontana pelo Desenvolvimento (ATPD), presidida por Ana Correia: "Nós temos uma parceria com a Faculdade de Letras do Porto, com o Instituto Sociologia da Universidade do Porto; já desde o início da fundação da associação que estão cá representados. Vamos ter uma professora de lá, a professora Cristina Parente; temos também uma parceria com o professor Bernardo Previdência, que é da Universidade do Minho, da área do Design e temos a Professora Teresa Martins, que é da ESE (Escola Superior de Educação) do Instituto Politécnico do Porto."
Liderado pelo Instituto de Sociologia da Universidade do Porto sob a coordenação científica do Professor João Teixeira Lopes, o estudo de avaliação agora acordado tem, ainda, como objetivo a identificação de linhas de aprofundamento para medidas de política futura no setor das artes, que concorram para diminuir as assimetrias territoriais urbanas no acesso à criação e fruição artística.
Para acelerar a inclusão social, “a ciganofobia deve ser reconhecida como um problema pelo Estado”, sublinhou ao JN Inês Barbosa, socióloga da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. A também coordenadora do Estudo Nacional das Comunidades Ciganas (ler caixa) concretiza: “Incluir o termo anticiganismo no Código Penal, tal como se fez em Espanha, é um passo fundamental porque afeta todas as outras dimensões [da vida das comunidades]”.
Depois de um ano no terreno com a comunidade cigana do Tortosendo, em ações em torno da sua saúde e da sua relação com a saúde, “chegou a hora de partilhar os resultados do projeto e de trazer à região um conjunto de especialistas em que se inclui Bruno Oliveira, mediador cigano que exerce na Unidade Local de Saúde de S. José (Lisboa) e a responsável nacional pelo estudo de avaliação da Estratégia Nacional para a Integração das Comunidades Ciganas (2013-2020), Inês Barbosa”, sublinha a organização.
É o único português doutorado em Economia da Felicidade e tem dedicado a sua atividade ao estudo formal da relação entre a satisfação do indivíduo e a economia, que vai muito para além do Produto Interno Bruto. O tempo necessário para ir para o trabalho ou chegar a casa é um dos temas que também deve ser valorizado, explica o investigador.
As desigualdades no emprego em Portugal também se sentem no trabalho em part-time. Em muitos casos, não é uma forma de obter rendimento extra, mas a única opção por falta de um trabalho a tempo inteiro. A maioria das pessoas neste esquema são mulheres.
O investigador Frederico Cantante explica que “40% das pessoas que trabalham em part-time fazem de forma involuntária”. Ou seja, “estariam disponíveis para trabalhar a tempo inteiro, mas não conseguem”, realça a socióloga e professora Cristina Parente.
A diferença entre a taxa de emprego dos jovens portugueses com um nível de ensino básico e os licenciados aumentou 6,6 pontos percentuais em 20 anos, sendo mais elevada entre os estudantes com ensino superior, segundo o estudo liderado por Lígia Ferro, da Universidade do Porto, e Pedro Abrantes, da Universidade Aberta e do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa. As conclusões foram hoje divulgadas no estudo “A educação e os seus efeitos sobre as oportunidades dos jovens”.
Na era das low cost, associações continuam a ser “porto de abrigo” dos portugueses em França perfil dos emigrantes que saem de Portugal rumo a França mudou muito nas últimas décadas – rejuvenesceu, é mais intermitente e qualificado. Ainda assim, a "necessidade de estar ligado a Portugal" por via das associações mantém-se. Dantes como agora, estas são porto de abrigo, "uma porta de entrada para a integração social" no país de destino, aponta o sociólogo João Teixeira Lopes.
Além da Associação Europeia de Sociologia, estão envolvidos na organização do certame no Porto, um consórcio de Centros de Investigação e Universidades da Zona Norte e Centro de Portugal, entre os quais o Instituto de Sociologia da Universidade do Porto (liderado pela Associação Portuguesa de Sociologia).
A organização refere que sociólogos e cientistas de todo o mundo vão juntar-se para discutir os grandes problemas da sociedade, espoletados pelas crises e desafios globais dos últimos tempos, e mostrar que, como defende Lígia Ferro, presidente da ESA, “o impacto da sociologia na vida das pessoas é tangível e, eventualmente, até salvífico”.
Se tem a sensação de que há um festival em cada esquina, não está sozinho: há cada vez mais festivais - sobretudo de pequena e média dimensão. Não competem pelo público das grandes produções - cada vez mais massificadas - , dão a conhecer os seus territórios e especializam-se em géneros específicos de música. É este o retrato traçado por Paula Guerra, socióloga dedicada à criação artística contemporânea.
O sociólogo João Teixeira Lopes avalia se as forças de segurança são um setor mais propício à adesão à extrema-direita. A seu ver, são dos setores "mais radicalizados".
A segunda edição, chamada de “A Aldeia que sabe envelhecer”, na aldeia de Samões, em Vila Flor, tem o objetivo de desenvolver um diagnóstico das condições sociais e habitantes mais velhos da aldeia.
A iniciativa tem o apoio e participação do Instituto de Sociologia.
A zona do antigo Bairro do Aleixo vai voltar a ter torres, uma delas com 21 andares - um dos edifícios mais altos da cidade. Ao Público, João Queirós, que foi o sociólogo que acompanhou de perto o desmantelamento do Bairro do Aleixo, refere que a forma como o processo está a ser levado a cabo irá originar uma “diminuição do stock habitacional de iniciativa e gestão pública”.
Encosta do antigo bairro vai ter 13 prédios, um dos quais com 21 pisos, e apenas uma fracção de casas a custos controlados. É uma “substituição social”, diz sociólogo que acompanhou desmantelamento.
Entrevista a: João Queirós.
Conheci o Gabriel Leite Mota, especialista em Economia da Felicidade, em finais de 2018. Convidei-o a vir ao Funchal, no início de 2019. Fomos oradores num ciclo de conferências, cuja temática versava a Inclusão Social. A mim, coube-me abordar, relacionar e lançar a questão sobre a fatalidade da pobreza. Ao meu colega de painel, a relação entre a Economia e a Felicidade. O que determina a felicidade, com base nas dimensões económicas.
Em entrevista à Renascença, Gabriel Leite Mota, doutorado em Economia da Felicidade, diz que os políticos falam demais em crescimento e quase nunca em felicidade. Explica o que falta em Portugal para subir o índice de bem-estar e que influência tem o salário e outros bens materiais na felicidade de cada um.
Na última década, um em cada três jovens emigrou. O auge aconteceu em 2013, em plena intervenção da troika, e continuou nos anos seguintes. Não se vislumbra uma alteração do fenómeno. A maioria dos que partiu não tenciona voltar nem acredita que as novas medidas anunciadas pelo governo consigam estancar a saída.
João Teixeira Lopes comenta.
Efeitos da cultura do cancelamento fazem ressurgir fantasmas da censura. Tentativas de condicionamento dividem a opinião dos especialistas.
João Teixeira Lopes comenta.