Ainda-Não: Sociologia e Utopia
Em tempos de crise e de perplexidade, que utopias nos podem valer? Como seria uma sociedade mais justa? Que papel tem cada um/a de nós na sua construção? Partindo do conceito de Ernst Bloch - "ainda-não" - conversamos com sociólogos e sociólogas em torno de propostas concretas para um mundo melhor. Podcast do IS-UP, a partir de conversas conduzidas pela investigadora Inês Barbosa. Trabalho financiado pela FCT no âmbito do Projeto UIDB/00727/2020.
[PT] Ricardo Gouveia é polícia de segurança pública e sociólogo, tendo desenvolvido as suas pesquisas dentro dos estudos de género. Trabalhando na área da violência doméstica e nos programas da Escola Segura, reflete sobre a importância que a sociologia tem tido na intervenção que faz no terreno. Inquieta-se com o modo como a juventude acede e absorve a informação e também com a liberdade de expressão, um “bem precioso” que considera estar cada vez mais em risco.
[ENG] Ricardo Gouveia, a police officer and sociologist, focus on gender studies and works on domestic violence and the School Security program. He reflects on sociology’s role in his work and concerns about youth access to information and the risk to freedom of expression.
[PT] Helena Vilaça, professora e investigadora do IS-UP, tem dedicado grande parte da sua pesquisa ao estudo do pluralismo religioso. Nesta conversa, fala-nos da importância de mobilizar a sociologia clássica para compreender e interpretar os problemas contemporâneos. Refletindo sobre as intersecções entre religião, política e o pensamento utópico, afirma que a sua utopia é habermasiana, acreditando na possibilidade de diálogo entre visões diferentes do mundo.
[ENG] Helena Vilaça, a professor and researcher at IS-UP, studies religious pluralism and the use of classical sociology for contemporary issues. She reflects on religion, politics, and utopia, advocating for Habermasian dialogue between different worldviews.
[PT] João Teixeira Lopes, coordenador do IS-UP e presidente da APS, fala-nos de algumas das suas inquietações: da pós-verdade, da fixação das identidades ou do confinamento das classes sociais. Refletindo sobre a necessidade de construir uma sociologia de síntese – capaz de estabelecer vasos comunicantes entre repertórios, sujeitos, opressões -, defende uma sociologia que não se limita à desocultação das realidades, contribuindo também para a transformação das mesmas.
[ENG] João Teixeira Lopes, coordinator at IS-UP and president of APS, reflects on post-truth, identity fixation, and social segregation. He advocates for a synthetic sociology that connects repertoires and subjects to uncover and transform social realities.