A atividade de extensão "Olhar sociológico sobre o mundo: debates nas escolas secundárias" é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Sociologia (APS), promovida localmente, desde 2017, pela Licenciatura e o Mestrado em Sociologia da FLUP e que conta, a partir de 2021, com o envolvimento e apoio do IS-UP.
A iniciativa envolve, ainda, alunos dos 2º e 3º anos da Licenciatura e do 1º ano do Mestrado da FLUP e tem como objetivo aproximar a sociologia dos alunos do ensino secundário, através da formação interpares. As sessões incidem em quatro temas: 1) O olhar sociológico sobre o mundo; 2) Compreender o mundo com Sociologia; 3) Investigação nas Ciências Sociais; e 4) Sociologia, relações sociais e emoções. As sessões decorrem em formato de palestra “informal”, privilegiando a reflexão crítica e o debate. Em 2022, o grupo terá formação em teatro-fórum e estratégias de educação não-formal. No total, esta atividade já abrangeu 11 escolas secundárias do norte e centro do país e deu origem a um artigo científico na revista Configurações. Os elementos do projeto apoiam ainda a organização do Dia da Sociologia, uma iniciativa anual que convida alunos do ensino secundário a participarem em atividades na FLUP.
O Laboratório de Teatro & Política é uma iniciativa do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto, em parceria com a associação Tartaruga Falante. O Laboratório funciona como um espaço de criação e experimentação coletiva, a partir das metodologias do Teatro do Oprimido/a, teatro dialético, clown army, agit-prop, performance, entre outras. Para além dos exercícios teatrais, são incluídos momentos de debate em torno de textos, filmes e relatos de experiências de cruzamento entre arte e intervenção política. O LTP é conduzido por quatro coordenadores/as fixos, a que se juntam convidados/as de diferentes áreas artísticas (dança, interpretação, cenografia, dramaturgia, etc), como Sara Barros Leitão, Melissa Rodrigues, Eva Ribeiro, Mariana Amorim, Bruno Capucho, Helena Carneiro ou Jorge Louraço. O modelo e filosofia de trabalho deste laboratório surge da articulação já existente - e que agora se reforçará - com a Rede Nuestra America, composta pela escola de Teatro Popular do Rio de Janeiro, a Escola de Teatro Político e Vídeo Popular de Brasília, entre outras.
O Laboratório funciona regularmente às segundas-feiras, no Coral de Letras da Universidade do Porto.
Contato: labteatropolitica@gmail.com
O Instituto de Sociologia tem procurado estimular o diálogo e a abertura à sociedade civil e suas instituições educativas, culturais e sociais, pelo que o IS-UP e o Departamento de Sociologia convidam, todos os anos, as escolas secundárias a participar no(s) Dia(s) da Sociologia.
O programa contempla um momento de acolhimento por parte da comissão executiva e do Departamento de Sociologia; o visionamento de vídeos institucionais; uma sessão de educação não-formal sobre “o que é sociologia”, dinamizada por estudantes da licenciatura e mestrado; um momento de teatro-fórum em torno de uma temática social e, por fim, uma visita às instalações da faculdade.
O Núcleo do Museu da Pessoa do IS-UP consiste na criação de um repositório digital de dados qualitativos, sob a forma de depoimentos orais, relativos a temas diversos. Através de entrevistas gravadas em vídeo (ou apenas em áudio, caso necessário garantir o anonimato), é possível captar e divulgar histórias de vida, criando um arquivo digital de sociologia oral que sirva de base a futuras pesquisas e fomente ações de intervenção comunitária.
Neste Museu digital onde se valoriza a voz e as histórias de atores sociais diversos, espalhados por todo o território nacional e que enfrentam desigualdades sociais diversas, as histórias de vida das pessoas são as obras de arte a ser admiradas e analisadas por todos e todas.
Os principais objetivos desta iniciativa são:
- Criar uma base de dados qualitativos diversos a serem utilizados em futuras investigações e intervenções sociológicas, bem como de outras áreas disciplinares;
- Fomentar dinâmicas ativas de envolvimento com as comunidades, de forma descentralizada no território;
- Divulgar informação e conhecimento, numa relação aberta e transparente com a sociedade civil mais alargada;
- Promover a reflexão e o conhecimento sobre vulnerabilidades sociais diversas;
- Valorizar as vozes e histórias das pessoas e comunidades em situação de exclusão social e vulnerabilidade;
- Preservar memórias, tradições e modos de vida enquanto se promove uma reflexão sobre o futuro, numa perspetiva transformadora e empoderadora.
EXPOSIÇÕES:
I Exposição. A exploração do carvão em Portugal - histórias de ex-mineiros do Pejão
II Exposição. Vila Flor no Feminino - Histórias de Mulheres Portuguesas no Interior
III Exposição. Histórias (in)Visíveis
IV Exposição. Vidas de resistência e clandestinidade no Porto
Estrutura artística/Artista(s): Gil Delindro
Sinopse: A audição vibratória é uma proposta de criação e exposição pública, com a colaboração da Associação de Surdos do Porto. Através de uma investigação de quatro meses, serão criadas esculturas que utilizam a matéria sonora enquanto "vibração palpável”, desenhadas a partir da participação voluntária de cidadãos da comunidade surda. Para além de uma exposição final em Serralves, a proposta contempla dois concertos, que exploram a potencialidade da “vibração física" enquanto composição musical. A proposta visa desmistificar o preconceito de que o cidadão surdo é incapaz de percepcionar e interagir com a plasticidade do som.
Investigador(es) envolvidos: Inês Barbosa
Duração do projeto: 1 ano (2024)
Entidade financiadora: Câmara Municipal do Porto | Programa Criatório
Estrutura artística/Artista(s): Magda Almeida e Miguel F
Sinopse: Este projeto propõe uma reflexão sobre os impactos sociais, psicológicos e relacionais das atuais transformações tecnológicas nas gerações mais jovens, as primeiras a habitar em exclusivo uma sociedade digital. Do cruzamento entre Dança, Audiovisuais, algoritmos generativos e manipulação de materiais orgânicos e sintéticos procura-se novo vocabulário artístico e caminhos para sensibilizar o público sobre as questões éticas levantadas por esta revolução digital. O processo de criação abrange campos como a Sociologia (metodologias e práticas de investigação), a Arte-Educação (dinamização de workshops na Escola Pública) e Inteligência Artificial (exploração de ferramentas para direção e criação coreográfica e audiovisual do espetáculo). Olhamos a condição humana num contexto onde o transumanismo deixou de ser um cenário futurista. Hoje, não temos terra nos sapatos, temos um chão cheio de pixels mortos que não conseguimos varrer para debaixo das nossas pernas de sofá.
Investigador(es) envolvidos: Inês Barbosa e Ana Cláudia Albergaria
Duração do projeto: 1 ano (2024)
Entidade financiadora: Fundação Gulbenkian
Estrutura artística/Artista(s): Esquiva - Companhia de Dança
Sinopse: Reviralho em Conversa II mantém seu enfoque na temática de Utopia, Mito e Sonho no projeto Quimera. As três sessões, agendadas entre Outubro e Dezembro no Coliseu do Porto, ocorrerão tanto presencialmente quanto online, com moderação do Instituto de Sociologia do Porto (IS-UP). Seis investigadores/as da FLUP e de outras instituições serão convidados a debater questões relativas às representações de sonho, mito e utopia. Esta iniciativa busca fomentar a inovação e o pensamento crítico, com documentação para enriquecer o arquivo performativo da Esquiva.
Investigador(es) envolvidos: Inês Barbosa, João Teixeira Lopes e Cláudia Marisa
Duração do projeto: 6 meses (2023/2024)
Entidade financiadora: DGArtes