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Resumo: A 25 de abril de 1974, Portugal tinha uma das mais altas taxas de analfabetismo da Europa e apenas a burguesia tinha acesso ao prolongamento dos estudos. Cerca de 25% da população vivia em casas sobrelotadas e/ou degradadas, em particular nos centros urbanos. Resolver os problemas da educação e da habitação tornou-se uma prioridade, nomeadamente através de ocupações, da constituição de cooperativas e de projetos participativos. Passados 50 anos, a “crise da habitação” voltou a estar na ordem do dia e, apesar dos vários progressos na escolarização, a promoção do pensamento crítico mantém-se como demanda fulcral, em particular, tendo em conta os desafios contemporâneos da desinformação, da manipulação mediática e da ascensão dos populismos de direita.
“Casas sim, assim não” reflete sobre o direito à habitação, à luz das lutas do passado e do presente, promovendo o pensamento crítico através da prática artística e do diálogo comunitário.
Desdobrando-se em quatro domínios - criação, programação, mediação e edição – o projeto desenvolve-se ao longo de um ano. As atividades (residência artística, exposição, concerto, workshop, fanzine, cinema e debate) acontecem em quatro livrarias e no espaço público circundante, em plena baixa portuense.
Beneficiadores finais/população-alvo: Investigadores/as, ativistas e sociedade civil
Área científica: sociologia e artes visuais.
Cronograma: dezembro 2024 - dezembro 2025
Equipa: Inês Barbosa (investigadora responsável), Diana Rocha, João Alves e Marta Lima.