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Resumo: As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) tornaram-se instrumentos de grande valia na criação de bens públicos e na promoção do desenvolvimento sustentável e, no contexto brasileiro, após a década de 1990, passaram da resistência à proposição, realizando parcerias com instituições públicas e privadas, tendo em vista o desenvolvimento de suas atividades e o alcance de seus objetivos. Com estas parcerias, são criadas redes envolvendo relacionamentos cooperativos de longo prazo entre OSCIP, financiadores, Estado e outros atores organizacionais. Os problemas passam a ser tipicamente resolvidos por meio de discussões e as regras e normas de reciprocidade garantem a cooperação (BRASS et al., 2004). Para Brass et al. (2004), dentre os principais motivos para a cooperação interorganizacional estão a aquisição de recursos, a busca por reduzir a incerteza, para aumentar a legitimidade e alcançar objetivos coletivos. Além disso, possibilita acesso a informações, mercados e tecnologias; com vantagens de economias de aprendizagem, escala e escopo; e permite às organizações o alcance de objetivos estratégicos, partilhando investimentos e riscos. No entanto, Quandt (2012) considera que a eficácia das redes depende da capacidade de integrar tipos diferentes de informação codificada e conhecimento tácito, e difundi-los por meio de interações entre diferentes tipos de agentes. Diante deste contexto, o objetivo deste estudo é analisar os determinantes, as agendas, as relações e os efeitos da articulação de redes interorganizacionais por OSCIP atuantes no estado de Minas Gerais. Como procedimento metodológico é proposta a realização de inquéritos (survey) a ser enviados a todas as OSCIP mapeadas e, na sequência, estudos de casos em profundidade em três (3) organizações do campo citado, sendo estas consideradas como referências na articulação de redes. Os dados serão analisados com auxílio dos softwares SPSS e Ucinet e da análise de conteúdo.
Cronograma: 2023-2025