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Dino D’ Santiago e os Tubarões: Uma história de reconciliação

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About

Resumo: Em 2024 celebram-se os 50 anos do 25 de abril de 1974, que significaram o fim do fascismo e o acesso à liberdade, permitindo, meses depois, a independência dos países africanos de língua oficial portuguesa. Simultaneamente, celebra-se também, a 12 de setembro, o centenário do nascimento de Amílcar Cabral, figura política decisiva no processo de independência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, e também com influência direta no 25 de Abril. Também em 2024, uma das figuras maiores da cultura e música portuguesas, Dino d’ Santiago, de ascendência cabo-verdiana, irá gravar e lançar um álbum conjunto com a mítica formação cabo-verdiana Os Tubarões, autores de canções que foram bandeiras políticas dessa época. Ao situar-se nesta confluência, este projeto assume um processo de criação artística de máximo relevo – único e pioneiro. É um projeto cultural e sociopolítico com impacto no futuro próximo porque assenta na criação de um documentário que pretende incorporar situações do presente que surpreendam e mobilizem a equipe de criação. Não repousa num roteiro, mas sim numa experiência de convivência que permitirá afetar-se das ações de Dino – que apoia este projeto - como voz política ou ativista de grande visibilidade que interroga a memória colonial no pós-colonialismo. E tal ainda se patenteia na criação de uma exposição e da feitura de um livro: pelo simbolismo do momento e confluência de datas e essencialmente por se cruzarem a história institucional e a informal, em parte por contar ainda, a memória viva e atmosfera política e sociocultural em construção. Dino tem-se destacado por mesclar estilos musicais globais com sonoridades de Cabo Verde num universo onde coabitam o crioulo e o português, ritmos urbanos e tradicionais. Em simultâneo, tem-se afirmado, no espaço público, como voz política ou ativista social, participando em vários projetos voltados para a equidade e igualdade, sendo hoje uma voz respeitada e de grande visibilidade no interrogar da memória colonial e o pós-colonialismo. O 25 de Abril de 1974 não pôs fim apenas a uma ditadura de 48 anos. Pôs fim a uma guerra e suspendeu séculos de uma identidade nacional e de um sistema político-económico-cultural assentes nos chamados descobrimentos. O projeto incide nas possibilidades de criação em processo de produtos cruciais para balizar a reconstrução identitária portuguesa contemporânea não assente só em música. Incide na reconfiguração cultural/sociopolítica com ressonância no passado e no presente.

Beneficiadores finais/população-alvo: Comunidade Científica da CPLP, Investigadores da CPLP, População Residente na CPLP

Áreas científicas: sociologia, estudos culturais, história cultural, arquivost.

Cronograma: Outubro 2024 - Setembro 2025

Equipa: Paula Guerra (Investigadora responsável), Bia Petrus, Sofia Sousa, Vitor Belanciano, Tiago Pereira.

Coordenador
Membros da Equipa
Parceiros
KISMIF - Associação para as Artes, a Cultura e o Conhecimento (proposing institution)
Partners: Dino D’Santiago, Mundu Nôbu, HANGAR - Centro de Investigação Artística, MIRA FORUM, Traça Edições, A Soalheira Associação Social de Cultura Ambiental Cultura, IS-UP
Entidade de Financiamento
Direção Geral das Artes - Arte Pela Democracia - Programa de Apoio em Parceria
Montante Global:
20.000
Ano de início
2024

Contactos

Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Via Panorâmica, s/n
4150-564 Porto, Portugal

Telefone: +351 226 077 132
Email: isociologia@letras.up.pt

 

 


fct

Ref.: UIDP/00727/2020

Ref.: UIDB/00727/2020

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